A Raissa comentou comigo sobre um livro de criatividade que está lendo. O autor escreveu sobre a dificuldade de ensinar arte para alunos que acabaram de sair do ensino médio. Esse é um período em que somos doutrinados a pensar em respostas como sendo certas ou erradas.
No ensino médio o foco é passar no vestibular ou Enem. Você precisa saber responder corretamente a uma série de perguntas objetivas. Ou você está certo ou então está errado. Não existe espaço para a criatividade.
Eu fiquei pensando sobre isso e entendi que na vida real também existe certo e errado, mas não existe uma pergunta objetiva.
Quando você recebe a oportunidade de uma área para empreender, existe uma infinidade de possíveis configurações de empreendimentos ali em cima. Cada uma dessas opções se desdobram em mais alternativas para cada segmento de público alvo.
Qual é a resposta certa?
Você terá que criar uma resposta. Se estiver certo, fará muito dinheiro. Se estiver errado, perderá dinheiro.
A vida real funciona dessa maneira. Os problemas se apresentam de maneira subjetiva e a sua função é decifrar a questão e encontrar uma maneira de analisar a viabilidade da sua solução.
É importante analisar a viabilidade das nossas ideias porque não existe uma resposta padrão que seja correta para todos os casos.
Construir um MCMV é interessante? Sim. Em todos os casos? Não.
Fazer um loteamento é interessante? Sim. Em todos os casos? Não.
Construir um galpão para locação é interessante? Sim. Em todos os casos? Não.
Ao não submeter suas ideias ao teste da viabilidade financeira, você está automaticamente assumindo que sabe qual é a resposta certa. E essa é uma certeza que pode custar caro.
Eu aprendi a duvidar da qualidade das minhas ideias. Eu passo a gostar delas só depois de analisar o fluxo de caixa descontado.
No dia 26 de outubro vou ensinar essa técnica para um grupo pequeno de empreendedores do mercado imobiliário em São Paulo. Espero que você esteja nesse grupo.